O mercado de motocicletas no Brasil vive um momento de alta em 2025. Fatores como praticidade, economia e a busca por alternativas ao transporte tradicional impulsionaram as vendas, fazendo das motos uma peça-chave da mobilidade tanto nas cidades quanto nas áreas rurais.

O crescimento reflete não só o desejo por veículos mais acessíveis, mas também uma resposta aos problemas de trânsito e ao custo elevado dos combustíveis. A cena urbana brasileira nunca teve tantas motos circulando, usadas por todos os perfis: trabalhadores autônomos, entregadores, estudantes e quem simplesmente precisa de agilidade no dia a dia.

Na liderança de vendas aparecem modelos que já são velhos conhecidos do público. A Honda CG 160 segue firme no topo, famosa pela robustez e desempenho confiável. A Honda Biz, com seu câmbio semiautomático, continua uma escolha popular para quem circula principalmente em áreas urbanas.

Outro destaque de 2025 é a Honda NXR 160 Bros, elogiada pela versatilidade, sendo ideal tanto para o asfalto quanto para estradas de terra. A Honda Pop 110i mantém sua popularidade com foco no baixo consumo de combustível e simplicidade, atraindo especialmente moradores de cidades menores.

Um modelo que vem ganhando espaço é a Mottu Sport 110i, bastante procurada por quem trabalha com entregas e precisa de baixo custo operacional. E, pela primeira vez, os modelos elétricos começam a aparecer no ranking. A Voltz EVS se destaca como uma das preferidas entre os consumidores preocupados com sustentabilidade e economia a longo prazo.

Esse crescimento das vendas tem explicações claras. A mobilidade urbana é um dos principais fatores: as motos oferecem agilidade para enfrentar o trânsito pesado das grandes cidades. A economia de combustível também pesa muito na decisão de compra, principalmente com os preços nas alturas.

Além disso, o baixo custo de manutenção, a facilidade de financiamento e a explosão do setor de delivery ajudaram a empurrar as vendas para cima. Aplicativos de entrega e transporte fizeram da motocicleta uma ferramenta de trabalho indispensável.

Olhando para o futuro, algumas tendências já começam a dar as caras. Os modelos elétricos, como a própria Voltz EVS, devem crescer ainda mais nos próximos anos. Montadoras prometem investir pesado em tecnologias sustentáveis, com veículos de menor impacto ambiental e custos operacionais reduzidos.

A tecnologia também deve transformar a experiência dos motociclistas. Já se fala em sistemas de conectividade, monitoramento remoto e até capacetes inteligentes com aplicativos de alerta de perigo em tempo real. Outra aposta é o aumento de modelos híbridos e a popularização de serviços de aluguel de motos por aplicativo.

Na hora de escolher a moto ideal, especialistas recomendam olhar com atenção para alguns pontos: finalidade de uso, consumo de combustível, custo de manutenção, facilidade de revenda e, claro, conforto e segurança. Testar o veículo e conferir itens como freios, suspensão e tecnologias embarcadas faz toda a diferença.

Falando em segurança, o Brasil também tem avançado. Nos últimos anos, medidas como a intensificação das fiscalizações, uso obrigatório de equipamentos de proteção e campanhas educativas têm mostrado resultado. Segundo o Denatran e o Observatório Nacional de Segurança Viária, os índices de acidentes envolvendo motocicletas começaram a cair.

A indústria, por sua vez, investe cada vez mais em freios ABS, sistemas de iluminação potentes e tecnologias de estabilidade. O futuro promete até capacetes com inteligência artificial para aumentar a proteção nas ruas.

No caso das motos elétricas, o desafio ainda é a infraestrutura de recarga, que cresce, mas ainda é limitada em várias regiões. Em compensação, incentivos fiscais, isenção de rodízio e linhas de crédito específicas têm ajudado a aumentar a adesão.

De olho nessa transformação, o setor já discute novos projetos de lei que visam ampliar a rede de eletropostos e facilitar o acesso ao crédito para quem quiser migrar para um modelo elétrico.

Em 2025, uma coisa ficou clara: as motos continuam como protagonistas da mobilidade no Brasil, e o mercado promete seguir aquecido nos próximos anos.

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