O Al Hilal fez de tudo: dominou, finalizou, criou jogadas de todos os jeitos… só não fez gol. Em um duelo que teve muito volume ofensivo, principalmente por parte dos sauditas, o time de Simone Inzaghi esbarrou no bloqueio do RB Salzburg e acabou saindo de campo com um frustrante 0 a 0. A partida, realizada em Washington, foi movimentada, com direito a chances dos dois lados, mas faltou aquele detalhe básico: a bola na rede.

O empate deixa o Salzburg com quatro pontos, empatado com o Real Madrid na liderança do Grupo H. O Al Hilal, por sua vez, amarga a terceira posição, com apenas dois pontos somados.

Primeiro tempo: um ataque só… e nada de gol

O início de jogo foi quase um treino de ataque contra defesa. O Al Hilal começou pressionando, com João Cancelo e Malcom fazendo boa tabela logo nos primeiros minutos. Cancelo cruzou rasteiro, mas ninguém apareceu para completar. Na sequência, Al Dawsari fez boa jogada individual pela esquerda e finalizou de direita, mas parou nas mãos do goleiro.

Mesmo com o domínio absoluto dos sauditas, o Salzburg tentou dar as caras. Aos oito minutos, Rasmussen cruzou, Onisiwo apareceu livre na área e obrigou Bono a fazer uma defesa espetacular. Foi praticamente o único susto dos austríacos no primeiro tempo.

O Al Hilal seguiu com o controle total da bola. Marcos Leonardo, perto da pequena área, teve uma das melhores chances após sobra mal afastada pela defesa, mas Rasmussen apareceu de novo para bloquear. O time de Inzaghi rondou a área o tempo todo, teve finalizações com Al Dawsari, Cancelo e companhia, mas a pontaria definitivamente não estava calibrada.

O Salzburg, mesmo acuado, quase surpreendeu nos acréscimos. Dorgeles tentou resolver sozinho: driblou na área, cruzou, mas a bola bateu no próprio companheiro. Na sobra, arriscou um chute forte, que Bono defendeu com segurança.

Segundo tempo: Salzburg cresce no fim, mas o zero continuou

Se o Al Hilal praticamente não sofreu defensivamente no primeiro tempo, o segundo já começou com um baita susto. Logo aos três minutos, Baidoo aproveitou cobrança de escanteio e finalizou na área. A bola desviou e sobrou para Melborg, que ficou cara a cara com Bono… e parou no goleiro. Na sequência, Norgeles também tentou, mas Koulibaly salvou em cima da linha.

Depois desse início de pressão, os sauditas retomaram o controle. João Cancelo continuou sendo o principal escape pela direita, com dribles e cruzamentos perigosos. Em uma das jogadas, ele limpou a marcação e bateu cruzado, obrigando o goleiro Zawieschitzky a espalmar. Malcom também teve sua chance após tabela com Al-Dawsari, mas chutou para fora, raspando a trave.

O Al Hilal empilhou escanteios e quase abriu o placar em um deles: Rubén Neves cruzou na medida e Milinkovic-Savic testou forte, mas a bola saiu por pouco. Mesmo com mais presença ofensiva, o time de Inzaghi começou a dar espaço atrás, e o Salzburg cresceu nos minutos finais.

Com 37 minutos, Vertessen arriscou cruzado e assustou Bono. No lance seguinte, Kjaergaard invadiu a área com força pela esquerda, mas Tambakti fez o corte salvador. Foi o último lampejo de perigo dos austríacos antes do apito final.

No fim das contas, o Al Hilal ficou com aquela sensação amarga de que poderia (e deveria) ter saído com a vitória. Já o Salzburg, que soube sofrer e segurou a pressão, leva um ponto para casa com gosto de missão cumprida.

Agora, resta ao time saudita olhar para a tabela e fazer as contas: se quiser seguir vivo, vai ter que começar a transformar volume de jogo em gol. Porque, por enquanto, está só gastando energia à toa.

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