Sete líderes do Comando Vermelho foram transferidos nesta quarta-feira (12) para o presídio federal de Catanduvas. A operação, conduzida pela Polícia Federal e pela Secretaria Nacional de Políticas Penais, contou com forte esquema de segurança e marcou mais uma ação de isolamento contra o crime organizado no país.

Os detentos deixaram o Complexo de Bangu, no Rio de Janeiro, em comboio até o aeroporto do Galeão, onde embarcaram em uma aeronave da PF com destino a Catanduvas. De acordo com o Ministério da Justiça, a transferência visa romper a comunicação entre os chefes da facção e os comparsas que ainda atuam nas comunidades cariocas.

Foto: Genilson Araújo/TV Globo

Após a permanência inicial em Catanduvas, os presos devem ser redistribuídos para outras unidades federais de segurança máxima em Mossoró (RN), Brasília (DF), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO). As novas transferências ainda não têm data definida.

Com essa operação, o Rio de Janeiro passa a ter 66 criminosos sob custódia federal, todos classificados como de altíssima periculosidade. Somente em 2025, 19 novas inclusões foram registradas no Sistema Penitenciário Federal.

Entre os transferidos estão:

  • Roberto de Souza Brito, o Irmão Metralha, do Complexo do Alemão
  • Arnaldo da Silva Dias, o Naldinho, de Resende, responsável pela “caixinha” do CV
  • Alexander de Jesus Carlos, o Choque ou Coroa, do Complexo do Alemão
  • Marco Antônio Pereira Firmino, o My Thor, do Morro Santo Amaro
  • Fabrício de Melo de Jesus, o Bicinho, de Volta Redonda
  • Carlos Vinícius Lírio da Silva, o Cabeça, de Niterói
  • Eliezer Miranda Joaquim, o Criam, da Baixada Fluminense

A medida foi autorizada pela Justiça Federal após um pedido conjunto do Ministério da Justiça e da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio, que apontaram risco de novos ataques e articulações criminosas caso os líderes permanecessem no sistema estadual.

Foto: Arte g1

O Presídio Federal de Catanduvas, inaugurado em 2006, é o primeiro de segurança máxima do país e referência nacional no enfrentamento ao crime organizado. A unidade abriga apenas presos de alta periculosidade, com isolamento total, vigilância constante e disciplina rigorosa, sendo considerada uma das prisões mais seguras da América do Sul.

Informações e Imagens: globo.com

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