A Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) do INSS irá recorrer da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite a Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “o Careca do INSS”, e Maurício Camisotti, faltarem aos depoimentos na comissão. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), anunciou que entrará com um mandado de segurança para garantir a presença dos investigados.

Segundo o senador, a presença de Antunes e Camisotti é fundamental para o avanço das investigações sobre as fraudes nos descontos de empréstimos consignados de aposentados e pensionistas. “Nós entendemos que é fundamental a presença dos dois indiciados, dos dois investigados, porque já estavam comprometidos a comparecer e eles, diante dos parlamentares, podem inclusive nos ajudar a esclarecer com muita rapidez tudo o que aconteceu”, declarou Carlos Viana.

O senador Viana manifestou respeito pela decisão do ministro do STF, mas a considera injustificável, especialmente considerando que ambos os investigados foram alvos de mandados de prisão preventiva cumpridos pela Polícia Federal (PF) na sexta-feira (12). A ação da PF, denominada Operação Cambota, tem como objetivo aprofundar as investigações sobre a cobrança ilegal de mensalidades associativas descontadas sem autorização dos benefícios previdenciários pagos a um grande número de aposentados e pensionistas.

“Respeito a decisão do ministro, mas entendo injustificável dar o direito de não comparecerem, uma vez que estão presos e que tem muito a dizer a CPMI. O trabalho da Polícia Federal e do Supremo é muito diferente da CPMI”, destacou o senador.

O senador explicou que a comissão realiza um trabalho de investigação focado em entender como ocorreu o esquema de desvio de recursos da Previdência Social, inclusive em relação a possíveis envolvimentos de agentes públicos. Carlos Viana expressou a esperança de que o ministro reveja sua decisão e permita que a CPMI possa obrigar a presença dos investigados já nas próximas sessões.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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