O ministro Alexandre de Moraes decidiu suspender tanto os decretos de Lula que aumentavam o IOF quanto a decisão do Congresso que tentou derrubar essa alta. E não parou por aí: ele marcou uma audiência de conciliação para o dia 15 de julho, em Brasília, e quer ouvir explicações dos dois lados.

O imbróglio começou quando o governo, por meio do ministro da Fazenda Fernando Haddad, editou um decreto que elevava o IOF sobre operações de crédito, especialmente para empresas. O argumento era claro: precisamos arrecadar mais e equilibrar as contas públicas. A medida poderia render R$ 10 bilhões este ano e mais de R$ 20 bilhões em 2026.

Só que o Congresso não gostou nem um pouco. Parlamentares bateram o pé dizendo que não vão aceitar mais aumento de imposto sem antes o governo cortar gastos. A queda de braço esquentou, e o Legislativo derrubou os decretos de Lula na semana passada.

O Planalto, por sua vez, entendeu que essa reação do Congresso pode ferir a Constituição. Por isso, levou a briga pro Supremo.

Agora, com tudo suspenso, Moraes quer que Executivo e Legislativo expliquem os motivos de suas decisões. E, enquanto isso, a crise política entre os dois poderes ganha mais um capítulo.

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