O Paris Saint-Germain não quis saber de idolatria a Lionel Messi ou de jogo equilibrado. Foi com o pé na porta, dominando o Inter Miami do começo ao fim e carimbando a vaga nas quartas de final do Mundial com um sonoro 4 a 0. O jogo foi tão tranquilo que parecia mais um treino de luxo do que um mata-mata.
Logo aos seis minutos, o PSG já mostrou que não estava para brincadeira. Vitinha cruzou com precisão numa falta pela esquerda e achou João Neves sozinho no segundo pau. Cabeçada certeira e 1 a 0 no placar.
Daí em diante, o que se viu foi um massacre com sotaque francês e um Inter Miami completamente perdido. Kvaratskhelia fez o que quis pela esquerda, deixando Avilés tonto numa jogada que só não terminou em gol porque o goleiro Ustari salvou como pôde.
Mas nem ele segurou por muito tempo. Aos 29, em uma pressão na saída de bola, Busquets entregou a paçoca, Barcola aproveitou o presente e serviu Fabián Ruiz, que deu de primeira para João Neves marcar seu segundo no jogo. E o terceiro do PSG não demorou: Doué, tabelando com Hakimi pela direita, cruzou na área e viu Avilés completar contra o próprio gol. Um resumo do pesadelo americano.
Já nos acréscimos, Barcola apareceu de novo nas costas da zaga e só rolou para Hakimi finalizar duas vezes até estufar as redes. 4 a 0 ainda no primeiro tempo, com o Inter Miami completamente entregue.
Na segunda etapa, o PSG tirou o pé, como quem diz: “já fizemos o trabalho, agora vamos só administrar”. E foi isso mesmo. Deixou o Inter Miami com a bola, viu Messi tentar duas jogadas perigosas, uma finalização e uma cabeçada, mas Donnarumma, seguro, não deixou passar nada.
Mesmo sem forçar, o time de Luís Enrique ainda quase ampliou. Zaire Emery achou Barcola na área, o chute desviou e raspou o travessão. No fim, Messi ainda teve uma falta na entrada da área, mas mandou na barreira. A noite, definitivamente, não era do craque argentino nem do time americano.
Com a vitória, o PSG está nas quartas de final e agora espera o vencedor de Bayern de Munique x Flamengo. Vem pedreira por aí, mas depois de um passeio desses, difícil imaginar os franceses preocupados.
No fim das contas, o Inter Miami foi coadjuvante de luxo em mais uma atuação de gala dos parisienses. Messi viu de perto o rolo compressor que virou o PSG e dessa vez, não teve mágica que salvasse.