No jogo que ninguém queria disputar, o Al Ain mostrou que, mesmo sem chances de avançar, ainda dava pra sair do Mundial de Clubes com a cabeça erguida. A equipe dos Emirados Árabes bateu o Wydad Casablanca por 2 a 1 de virada, num duelo que serviu só pra cumprir tabela, mas que terminou com gosto de alívio para os árabes.

Com ambos já eliminados do Grupo G, o jogo tinha cara de despedida melancólica. Mas os dois times não entraram de corpo mole. O Wydad, aliás, começou mandando no pedaço. Dominou a posse de bola, criou chances e abriu o placar com um belo chute de Cassius Mailula, que recebeu na entrada da área e soltou a bomba. Nem deu tempo de aquecer o banco.

O time marroquino continuou mais organizado e quase ampliou com Ayoub Boucheta, que acertou a trave. O Al Ain, até então, só assistia e tropeçava nas próprias limitações. Mas como o futebol adora um roteiro inesperado, no fim do primeiro tempo, o jogo virou novela mexicana: pênalti bobo cometido por Ayoub em cima de Adis Jasic e, na cobrança, Kodjo empatou o duelo, deixando tudo igual antes do intervalo.

E foi aí que a maré virou de vez.

Voltando do vestiário mais ligado, o Al Ain soube explorar a queda física dos marroquinos e achou o gol da virada logo aos cinco minutos da segunda etapa. Em jogada bem sul-americana, o argentino Matías Palácios brigou pela bola na área e achou o paraguaio Kaku Gamarra, que mandou pro fundo da rede e virou o jogo.

Depois disso, o Wydad desandou. O Al Ain passou a controlar o ritmo, cadenciou o jogo e não deixou mais os marroquinos se criarem. Tentaram reagir? Tentaram. Mas ficaram só na tentativa, sem criatividade e esbarrando na defesa bem postada dos árabes.

No fim das contas, o Al Ain saiu de campo com uma vitória que, apesar de não mudar nada na tabela, salva um pouco da moral. Já o Wydad… bom, vai ter que repensar muita coisa antes de voltar a sonhar com Mundial.

Porque mesmo quando o jogo não vale nada, ninguém gosta de sair como lanterna.

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