Mais uma cena de horror na guerra entre Rússia e Ucrânia. Na noite de segunda-feira, 23 de junho, tropas russas bombardearam uma clínica na cidade de Bila Tserkva, na região de Kiev. O ataque deixou um rastro de destruição em um lugar que atendia justamente quem mais precisava de cuidado e proteção.

De acordo com a Fundação TulSun, que atua no local, a clínica foi “completamente destruída”. As áreas mais atingidas foram os departamentos de reabilitação, fisioterapia e a enfermaria. O comunicado da fundação, feito pelas redes sociais, foi direto e doloroso: “A guerra não respeita as pessoas. Tudo está destruído – incluindo as instalações criadas para ajudar crianças.”

O hospital atendia crianças com deficiência, pacientes que sofreram AVC, pessoas em cuidados paliativos e também soldados feridos. Em um desabafo, a fundação resumiu o sentimento de quem trabalha e depende daquele espaço: “Hoje, a esperança jaz soterrada sob os escombros.”

A repercussão internacional não demorou. O chanceler alemão, Friedrich Merz, foi um dos primeiros a condenar os ataques, classificando-os como “bárbaros”. Em um discurso no Bundestag, o parlamento alemão, Merz declarou que a Rússia deixou claro que, pelo menos por enquanto, não tem qualquer intenção de buscar a paz.

Merz também rebateu críticas de que faltam esforços diplomáticos no conflito. Para ele, a realidade é dura: “Putin só entende a linguagem da força”, afirmou o político da CDU. Ele reforçou que ceder à agressão e abandonar a defesa da Ucrânia não é uma opção viável.

Além disso, Merz voltou a cobrar um posicionamento mais duro dos Estados Unidos. O chanceler contou que, tanto na cúpula do G7 quanto durante sua visita a Washington, defendeu o reforço das sanções americanas contra a Rússia. Segundo ele, continua confiante de que o governo dos EUA vai endurecer ainda mais as medidas.

Esse novo ataque se soma a outros recentes que atingiram escolas e maternidades na Ucrânia, aumentando ainda mais a pressão internacional por ações concretas para frear a ofensiva russa. Mais uma vez, o saldo é de vidas vulneráveis atingidas em meio a uma guerra que, a cada dia, ultrapassa novos limites de violência.

Com informações do Portal O Antagonista

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