O conflito na Ucrânia ganhou mais um capítulo trágico nesta segunda-feira. Um míssil russo atingiu um trem de passageiros que estava parado na cidade de Dnipro, no sudeste do país. O trem aguardava na estação quando foi atingido, justamente numa área industrial, que parece ter sido o alvo do ataque.
Felizmente, os passageiros conseguiram ser evacuados a tempo para um local seguro, segundo informou a Ferrovia Ucraniana no Telegram. Para não deixar os viajantes na mão, um trem substituto com destino a Zaporizhia está sendo preparado. Imagens que circulam nas redes sociais mostram vagões com os vidros estilhaçados, evidenciando a força da explosão.
Enquanto isso, no nordeste da Ucrânia, na região de Sumy, outro ataque russo deixou ao menos três mortos após um bombardeio com drones. Entre as vítimas está uma criança de apenas oito anos, além de um homem e uma mulher. As informações foram confirmadas por Oleh Hryhorov, chefe da administração militar regional.
O cenário por lá é de destruição. Equipes de resgate conseguiram retirar três pessoas vivas dos escombros, que foram levadas para o hospital. Mais ao leste, na cidade de Kharkiv, novos ataques de drones também deixaram pelo menos três feridos, segundo a agência de notícias RBK-Ucrânia.
No meio de toda essa tensão, um importante encontro político está prestes a acontecer. A Casa Branca confirmou que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, terá uma reunião com Donald Trump durante a cúpula da Otan, em Haia. Ainda não há horário oficial, mas as conversas devem girar em torno de sanções contra a Rússia e novas compras de equipamentos militares dos EUA.
Do lado britânico, o apoio à Ucrânia também está aumentando. Após um encontro com Zelensky em Londres, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciou um novo acordo de produção de armas com a Ucrânia. Os dois líderes também visitaram soldados ucranianos que estão sendo treinados no Reino Unido. Segundo Starmer, entre 57 mil e 58 mil militares ucranianos já passaram por esse treinamento.
Zelensky agradeceu o apoio britânico e reforçou que, para a Ucrânia resistir, vai precisar de ajuda contínua, especialmente na aplicação de novas sanções contra Moscou. Para o presidente ucraniano, essa é a única maneira de forçar a Rússia a negociar a paz.
O conflito segue com novos episódios de violência, e a expectativa agora é pelo impacto político das reuniões previstas para os próximos dias.