O que era para ser um jogo de afirmação virou uma batalha truncada, com poucas emoções e muitos cartões. River Plate e Monterrey não saíram do 0 a 0, na noite desta quinta, no Rose Bowl, e o grupo E do Mundial de Clubes continua um verdadeiro nó de marinheiro.
O River até segue na liderança da chave, mas não exatamente com a confiança de quem domina. Tem quatro pontos, os mesmos da Inter de Milão, sua próxima pedreira na última rodada. O Monterrey, por sua vez, foi a dois pontos e agora vai encarar o eliminado Urawa Reds apostando tudo na classificação.
Primeiro tempo de dar sono… e discussões
Se alguém ligou a TV esperando ver criatividade, tabelas bem feitas e talento individual, viu o oposto. O que se viu foi um festival de faltas, interrupções e debates mais quentes que o próprio jogo.
O River até começou com um pouco mais de presença ofensiva, mas logo o Monterrey entrou no clima físico da partida e equilibrou. A primeira chegada mais séria veio justamente dos mexicanos. Canales arriscou de fora da área e obrigou Armani a trabalhar, num chute forte e venenoso.
Do lado argentino, a única coisa que apareceu com mais clareza foi a técnica de Mastantuono, mas nem ele conseguiu escapar da marcação dura. Só nos minutos finais do primeiro tempo é que o River realmente assustou. Galoppo, após sobra na área, isolou uma chance clara, e logo depois foi a vez de Martínez Quarta, sozinho na pequena área, também desperdiçar, mandando para fora depois de escanteio.
River tenta, mas Andrada vira muralha
Na volta do intervalo, o River resolveu mostrar quem manda… pelo menos em posse de bola e pressão. Mastantuono apareceu mais, chamou o jogo e quase fez um golaço, acertando um chute venenoso que Andrada espalmou no reflexo.
Gallardo mexeu no time, apostou em mais presença ofensiva, mas aí veio o problema: Miguel Borja entrou e mostrou porque não é titular. Teve duas chances claríssimas, daquelas que até criança em escolinha sonha em ter. Em ambas, chutou mal e parou nas mãos do goleiro mexicano.
Se o River apertava, o Monterrey respondia com catimba e mais contato físico. O jogo foi ficando cada vez mais nervoso e com cara de Libertadores mal-humorada. Os cartões começaram a sair com frequência, e Kevin Castaño acabou expulso, deixando o Monterrey com um a menos nos minutos finais.
Empate que deixa tudo aberto… e ninguém satisfeito
No fim, o 0 a 0 ficou com cara de justo, até porque nenhum dos dois times teve competência para resolver. O grupo segue embaralhado, e agora o River vai para um duelo de vida ou morte contra a Inter, enquanto o Monterrey encara o Urawa tentando beliscar sua vaga.
Se foi bonito? Longe disso. Se foi emocionante? Só para quem gosta de ver jogo pegado, cheio de confusão e com goleiro salvando tudo. Resta saber se alguém desse grupo vai chegar nas fases finais com fôlego… e futebol.