A noite deste sábado (21) entrou para a história como o momento em que os Estados Unidos oficializaram sua entrada na guerra contra o Irã. Por volta das 23h, no horário de Brasília, em uma ação militar que o próprio Donald Trump classificou como “espetacular” e “letal”, aviões americanos bombardearam três dos locais mais estratégicos do programa nuclear iraniano: Fordow, Natanz e Isfahan.

Trump não economizou nas palavras. Falando direto da Casa Branca, o presidente americano avisou o mundo que a paciência acabou. Ele deixou claro que, se o Irã não aceitar um acordo de paz, os próximos ataques serão ainda mais devastadores. E fez questão de reforçar a ameaça: “Os próximos serão muito maiores e mais fáceis”, disse, em tom de ultimato.

O bombardeio não foi uma surpresa completa. Horas antes, Trump já havia soltado uma prévia nas redes sociais, citando os nomes das instalações atacadas e chamando o programa nuclear iraniano de “um empreendimento horrível e destrutivo”. O discurso foi direto, sem espaço para meias palavras: o Irã é, segundo ele, o grande “bully do Oriente Médio” e precisa mudar de postura imediatamente.

Essa escalada explosiva é resultado de semanas de tensão crescente. Tudo começou no último dia 12 de junho, quando Israel lançou ataques que chamou de “preventivos”, acusando o Irã de estar prestes a iniciar uma ofensiva nuclear. Até então, os Estados Unidos tentavam manter o jogo na arena diplomática, buscando ressuscitar o antigo acordo que limitava o programa atômico iraniano a usos pacíficos. Mas as negociações fracassaram, e o clima de guerra foi tomando conta.

Na fala desta noite, Trump fez questão de lembrar que o alvo foi, segundo ele, a capacidade de enriquecimento de urânio do Irã e o que chamou de “ameaça nuclear em posse do Estado número 1 em patrocínio do terrorismo”.

E como era de se esperar, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, foi rápido em mostrar apoio. Pelas redes sociais, Netanyahu agradeceu a Trump pela parceria estratégica e ainda fez uma previsão sombria: “Este ataque vai mudar a história”, escreveu.

O recado de Washington é claro e direto: ou o Irã cede e aceita negociar, ou a destruição será ainda maior na próxima rodada. O mundo inteiro agora segura a respiração, enquanto uma nova guerra se desenha no Oriente Médio com consequências imprevisíveis.

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