Ninguém gosta de passar por uma demissão, mas saber que existe o seguro-desemprego pode trazer algum alívio nesse momento complicado. O benefício foi criado para garantir uma ajuda financeira temporária a quem foi dispensado sem justa causa, dando um fôlego até que a pessoa consiga um novo emprego.

Em 2025, as regras continuam as mesmas para milhões de brasileiros que enfrentam essa transição no mercado de trabalho. O processo pode até parecer burocrático, mas com atenção aos detalhes é possível garantir o direito ao auxílio sem grandes problemas.

O que é o seguro-desemprego e por que ele existe?

Basicamente, o seguro-desemprego é um suporte financeiro para quem perdeu o emprego sem ter culpa. O benefício ajuda a manter uma fonte mínima de renda e ainda pode incluir a indicação para cursos de qualificação profissional, aumentando as chances de recolocação no mercado.

Quem tem direito ao seguro-desemprego em 2025?

O benefício é destinado a vários perfis de trabalhadores. Veja quem pode receber:

  • Trabalhadores com carteira assinada (CLT), demitidos sem justa causa.
  • Empregados domésticos, desde que registrados e dispensados sem justa causa.
  • Pescadores profissionais durante o período do defeso.
  • Trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão.
  • Colaboradores afastados para cursos de qualificação, em casos específicos.

Além de estar numa dessas categorias, o trabalhador precisa ter recebido salário formal de uma empresa ou de pessoa física equiparada à jurídica, por um período mínimo que varia conforme o número de vezes que já solicitou o benefício.

Quais são os requisitos básicos para solicitar o seguro?

O governo exige que o trabalhador atenda alguns critérios. São eles:

  • Ter sido dispensado sem justa causa.
  • Não ter renda própria suficiente para sustento próprio e da família.
  • Não estar recebendo benefício previdenciário de prestação continuada, com exceção de auxílio-acidente ou pensão por morte.
  • Ter recebido salários consecutivos nos meses anteriores à demissão, conforme a regra para cada solicitação.
  • Não ter participação societária em empresa ativa.

Se faltar qualquer um desses requisitos, o pedido pode ser negado.

Como fazer o pedido do seguro-desemprego em 2025?

O processo ficou mais simples nos últimos anos. Hoje, dá para solicitar o benefício sem sair de casa. Veja como:

  • Acesse o portal Gov.br ou baixe o aplicativo Carteira de Trabalho Digital.
  • Faça login com seu CPF e senha.
  • Escolha a opção “Solicitar Seguro-Desemprego”.
  • Preencha os dados, anexe os documentos e acompanhe o andamento do pedido direto pelo sistema.

Se preferir, também é possível fazer o pedido de forma presencial, nas unidades do SINE (Sistema Nacional de Emprego) ou nas Superintendências Regionais do Trabalho, com agendamento prévio.

Quais documentos você vai precisar?

Antes de iniciar o pedido, já deixe separado:

  • Documento de identificação com foto (RG, CNH ou passaporte).
  • CPF.
  • Carteira de Trabalho (CTPS).
  • Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, devidamente homologado.
  • Comprovante de saque ou extrato do FGTS.
  • Requerimento do seguro-desemprego, que é entregue pelo empregador.
  • Comprovante de residência atualizado.
  • Documentos que comprovem os salários recebidos antes da demissão.

Ter tudo em mãos evita atrasos na análise.

Como funciona o pagamento e quantas parcelas você pode receber?

O valor do seguro é calculado com base na média dos últimos três salários que você recebeu antes de ser demitido. O número de parcelas varia: pode ser de três a cinco, dependendo do seu tempo de trabalho e do número de vezes que já pediu o benefício.

O pagamento é feito diretamente em uma conta bancária indicada por você ou pode ser retirado nas agências da Caixa Econômica Federal, em lotéricas ou correspondentes Caixa Aqui.

Você pode acompanhar o status do pagamento pelo portal Gov.br, pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital ou pelos canais de atendimento da Caixa.

E se o pedido for negado?

Se o seu pedido for indeferido, você tem direito de recorrer. Basta apresentar novos documentos ou esclarecer pendências apontadas pelo sistema. O recurso pode ser feito presencialmente nas unidades do Ministério do Trabalho ou de forma digital.

Se tiver dúvidas, o atendimento pelo telefone 158 também está disponível.

Ficar de olho no processo e agir rápido é essencial para garantir o acesso ao benefício e contar com esse apoio enquanto busca uma nova oportunidade no mercado.

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