Kris Jenner, Donatella Versace, Demi Moore… o que essas celebridades maduras têm em comum? Todas aderiram a uma nova geração de lifting facial que promete rejuvenescer sem deixar aquele ar artificial. O procedimento, conhecido como Deep Plane Face Lift, está ganhando cada vez mais destaque entre quem deseja suavizar os sinais do tempo com resultados naturais e duradouros.
Se você também já se pegou pensando em dar um “up” no visual, mas sem perder sua essência, vem comigo entender tudo sobre essa técnica que vem sendo chamada de “a Substância da vida real”.
O que é o Deep Plane Face Lift?
Diferente dos liftings tradicionais, que agem apenas na pele ou em estruturas mais superficiais, o Deep Plane atua nas camadas profundas do rosto, reposicionando músculos, ligamentos e gorduras especialmente na região central da face, onde o envelhecimento costuma ser mais evidente.
É como se a cirurgia devolvesse cada traço para o seu lugar de origem, garantindo um resultado tridimensional, firme e com aspecto jovial, sem aquele esticamento exagerado. O efeito? Uma aparência descansada, natural e com a harmonia do rosto preservada.

Recuperação: quanto tempo leva?
Segundo especialistas como a cosmiatra e cirurgiã plástica Luciane Gemelli, o pós-operatório exige paciência: em média, a recuperação leva três semanas, tempo suficiente para que os roxos e inchaços desapareçam e os pontos sejam retirados.
Durante esse período, é essencial seguir todas as orientações médicas e manter a rotina de autocuidado. Afinal, a cirurgia pode ser sofisticada, mas requer disciplina para garantir um bom resultado.
Quanto custa o procedimento?
O valor é um dos pontos que mais chama atenção: o Deep Plane pode custar entre R$40 mil e R$100 mil, variando de acordo com a experiência do profissional, estrutura da clínica e complexidade do caso. Mesmo com o preço elevado, a demanda por esse tipo de cirurgia está em alta.
De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica (ISAPS), o Brasil lidera o ranking mundial de procedimentos estéticos e ultrapassou a marca de 35 milhões de cirurgias em 2023. Muitos pacientes, inclusive, têm buscado financiamento para realizar a intervenção.
Quais são os riscos do lifting profundo?
Apesar dos resultados promissores, o Deep Plane Face Lift também envolve riscos que não podem ser ignorados. Os principais incluem:
- Hematomas e sangramentos sob a pele
- Infecções nas regiões de incisão
- Assimetrias faciais
- Lesões em nervos da face, podendo causar paralisia temporária ou permanente
- Cicatrizes visíveis ou queloides
Pessoas fumantes, hipertensas, diabéticas ou que já passaram por várias cirurgias faciais devem redobrar os cuidados e passar por uma avaliação criteriosa antes de decidir.

Rejuvenescer ou fantasiar?
O sucesso do Deep Plane reacende uma discussão importante: é possível buscar juventude sem cair em padrões inalcançáveis? O filme “A Substância”, protagonizado por Demi Moore, traz essa reflexão em forma de ficção: uma apresentadora de TV que, ao perder espaço para uma versão mais jovem de si mesma, recorre a uma “poção mágica” para se manter jovem.
Apesar de surreal, a história dialoga com a vida real, onde o medo de envelhecer e a pressão estética muitas vezes levam pessoas a buscarem transformações sem considerar os impactos emocionais e os limites do corpo.
Especialistas alertam sobre expectativas irreais
“O lifting não é uma fórmula mágica. Ele trata sinais instalados, mas não impede o envelhecimento”, reforça o cirurgião plástico Christian Ferreira. Para ele, o procedimento deve restaurar a autoestima, mas sem prometer juventude eterna.
O dermatologista Renato Soriani, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), alerta que nenhum método consegue reverter por completo os efeitos do tempo. “O importante é encontrar equilíbrio entre autoestima, segurança e bem-estar. Envelhecer com dignidade também é um ato de autocuidado.”
Se você está pensando em investir nesse tipo de procedimento, o mais importante é fazer uma avaliação honesta sobre seus objetivos e conversar com profissionais de confiança. Afinal, o melhor resultado estético é aquele que respeita sua identidade.