A busca pela glass skin, aquela pele com brilho natural, lisa e quase translúcida, virou uma febre entre as amantes de beleza. E grande parte dessa tendência veio do famoso skincare coreano, que conquistou o mundo com suas rotinas múltiplas e ingredientes inovadores. Mas a dúvida é: essa rotina funciona para todos os tipos de pele, especialmente no clima e realidade brasileira?

O que torna o skincare coreano tão especial?

Na Coreia do Sul, cuidar da pele é um hábito incentivado desde cedo. Jovens aprendem desde pequenos sobre proteção solar, hidratação e prevenção de manchas. Com isso, surgiram produtos ricos em:

  • Centella asiática
  • Niacinamida
  • Extratos fermentados
  • Ácido hialurônico de baixa molécula
  • Probíoticos e ativos botânicos raros

A proposta principal é hidratar profundamente, proteger e manter o viço da pele com camadas suaves e texturas ultraleves.

Quais os diferenciais da rotina K-beauty?

O skincare coreano tem foco em etapas detalhadas, que envolvem:

  • Dupla limpeza (com óleo e gel)
  • Esfoliação suave
  • Tônico equilibrante
  • Essências e séruns com ingredientes ativos
  • Hidratação leve, mas potente
  • Protetor solar diariamente

Ao contrário do que muita gente pensa, não se trata de usar vários produtos por vaidade, mas sim de criar uma sequência eficiente e personalizada.

Serve para todos os tipos de pele?

Segundo a dermatologista Dra. Renata Castilho, o skincare coreano pode ser incrível para peles normais a secas, sensíveis ou desidratadas. Mas o cuidado está em não seguir cegamente todas as etapas, e sim adaptar o que faz sentido para o seu tipo de pele.

“Se a pele é fina, opaca, sensível ou reativa, produtos coreanos com fórmulas suaves, sem fragrâncias agressivas e com ativos calmantes podem ajudar muito a recuperar o equilíbrio e a luminosidade”, explica.

Quando ter cautela ao usar produtos coreanos

Apesar da fama, nem todo mundo se dá bem com essa tendência. Veja alguns cuidados importantes:

  • Peles oleosas ou acneicas: o excesso de hidratação em camadas pode entupir os poros e piorar a oleosidade.
  • Rosácea ou dermatite: ingredientes fermentados, mesmo naturais, podem irritar peles sensibilizadas.
  • Peles bronzeadas ou expostas ao sol: ativos clareadores usados sem orientação podem causar manchas.
  • Quem já usa ácidos ou faz procedimentos: combinar tratamentos potentes com produtos asiáticos sem acompanhamento pode causar descamação e inflamações.

Skincare consciente é o melhor caminho

No fim das contas, o segredo não está em copiar um ritual estrangeiro, mas em entender a sua pele. O skincare coreano é uma inspiração linda e eficaz, sim, mas precisa ser adaptada com bom senso, orientação e, claro, muito autoconhecimento.

Antes de investir em múltiplas etapas, o ideal é consultar um dermatologista e montar uma rotina sob medida. Afinal, o brilho da pele começa no cuidado real e consciente com ela.

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