Makayla Fortner, de apenas 15 anos, foi morta de forma brutal enquanto fazia algo que poucos teriam coragem: tentar alimentar dezenas de cães famintos que haviam sido abandonados por seus próprios donos. A tragédia aconteceu na última quarta-feira, 11 de junho, em Alexander, no estado de Arkansas, Estados Unidos.

Makayla e a mãe, Stephanie Wilkie, estavam tentando ajudar os animais depois de perceberem que os cães estavam completamente desnutridos e sem qualquer tipo de cuidado. A ideia das duas era simples: alimentar e, se possível, resgatar os animais. Mas a boa intenção terminou de forma trágica.

Segundo a emissora KATV, no momento em que a adolescente se aproximou da matilha, composta por cerca de 30 a 40 cães, os animais avançaram e começaram o ataque. Um vizinho, ao perceber a cena desesperadora, chamou a polícia imediatamente.

Quando os agentes chegaram, um deles ainda tentou conter os cães disparando dois tiros para o chão. O barulho assustou os animais e eles recuaram, mas já era tarde demais. Makayla não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

A adolescente era conhecida na comunidade como “uma pessoa de alma boa”, sempre disposta a ajudar, principalmente os animais.

O problema com os cães naquela propriedade já era antigo. Durante meses, vizinhos fizeram diversas reclamações às autoridades do condado de Saline, dizendo que os cães viviam soltos, sem controle e em condições visivelmente precárias. Muitos moradores relataram medo e preocupação com a segurança da região.

Mesmo com os alertas, a resposta oficial sempre foi a mesma: as autoridades alegavam que não havia muito o que fazer. A tragédia só expôs o que os moradores já temiam: uma situação fora de controle, ignorada por tempo demais.

Depois do ataque, pelo menos 14 cães foram apreendidos e sacrificados pelas autoridades locais. No entanto, quatro cães que estavam trancados dentro da casa durante o ataque continuam no local, o que gerou ainda mais indignação entre os vizinhos e defensores de animais.

O caso levantou um debate importante sobre abandono, negligência e a responsabilidade das autoridades diante de situações como essa. Para a comunidade de Alexander, a morte de Makayla é uma ferida aberta e uma lembrança dolorosa do que pode acontecer quando alertas são ignorados.

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