A gripe e outros vírus respiratórios estão pressionando o sistema de saúde no Paraná em 2025. Segundo o mais recente boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), já são 12.011 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com hospitalização e 598 mortes registradas no estado só neste ano.

O levantamento, que cobre o período de 29 de dezembro de 2024 a 7 de junho de 2025, mostra que os vírus mais comuns continuam sendo a Influenza, a Covid-19, o vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus.

Entre os óbitos, 124 foram causados por Influenza e 79 por Covid-19. Mas o número mais alto está entre os casos classificados como SRAG não especificada, com 317 mortes, ou seja, sem uma causa definida até agora. Outros 2.096 casos ainda estão em investigação.

Chama atenção também o número de pessoas que não estavam vacinadas. Entre os que tinham algum fator de risco, como doenças crônicas ou idade avançada, 78,2% não tomaram a vacina contra a gripe. Entre os que morreram, 71,8% também não estavam vacinados. Ou seja, a vacinação poderia ter feito diferença em muitas dessas histórias.

A faixa etária mais atingida é a de crianças menores de seis anos, seguida pelos idosos. Essas duas pontas da vida continuam sendo as mais vulneráveis quando o assunto é gripe e outras infecções respiratórias.

O secretário de Saúde, Beto Preto, disse que os boletins agora serão semanais para ajudar no acompanhamento mais ágil da situação. Ele reforça que o aumento de casos, principalmente entre crianças, exige respostas rápidas e monitoramento constante.

Entre os sintomas que devem ligar o alerta estão febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, falta de ar e dor no peito, além de sinais mais graves como coloração azulada nos lábios ou rosto, que indicam dificuldade respiratória.

O número de casos de síndromes gripais leves monitorados por amostragem também está em alta: foram 1.392 registros até agora.

O recado é claro: o Paraná vive um momento delicado com os vírus respiratórios. E, apesar de estarmos mais acostumados a conviver com gripes e resfriados, a gravidade de parte desses casos, especialmente sem vacinação, mostra que é preciso levar a sério os cuidados básicos, como vacinação em dia, evitar aglomerações em surtos e procurar atendimento ao menor sinal de sintomas graves.

Com informações da AEN-PR

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