Cristiano Ronaldo já tem mais de duas décadas vestindo a camisa de Portugal. Antes dele, o país não sabia o que era levantar uma taça no futebol de seleções. Agora, soma três títulos importantes, com o terceiro sendo conquistado neste domingo (9), em cima da Espanha, na final da Liga das Nações. O palco foi a Allianz Arena, e a decisão veio nos pênaltis. Mas até chegar lá, teve emoção de sobra, e um herói improvável que roubou a cena.

O nome mais lembrado, claro, será o de Cristiano Ronaldo, que marcou o gol de empate no segundo tempo, levando o jogo à prorrogação. Foi o primeiro gol dele em finais por Portugal, o que parece inacreditável para um cara com tantos feitos. Aos 15 da etapa final, Nuno Mendes cruzou, a bola desviou e sobrou para o Robozão, que mostrou classe no toque e deixou tudo igual.

Mas se CR7 foi decisivo, quem realmente brilhou foi Nuno Mendes, lateral do PSG. Ele simplesmente anulou Lamine Yamal, fez a jogada do gol de empate e ainda marcou o primeiro de Portugal, com uma bela infiltração pela esquerda. De figurante a protagonista, Mendes foi o motor do time e deu uma aula de como jogar dos dois lados do campo.

No começo, parecia que daria Espanha. Zubimendi abriu o placar, depois Oyarzabal ampliou, e os espanhóis fecharam o primeiro tempo vencendo por 2 a 1, com mais volume e presença ofensiva. Mas foi só. A partir dali, Portugal tomou conta do jogo, especialmente depois das mudanças feitas por Roberto Martínez, que colocou Rúben Neves em campo e ajustou o meio-campo.

Veio o empate com Cristiano e, na sequência, chances para os dois lados. Bruno Fernandes até marcou, mas estava impedido. Ainda assim, seguiu criando, obrigando boas defesas de Unai Simón. A Espanha ameaçou com chutes de longe, com Isco e Fabián Ruiz exigindo boas intervenções de Diogo Costa.

Na prorrogação, Portugal teve a bola, teve iniciativa, mas pecou nas finalizações. Semedo perdeu uma chance ridícula logo no início, e Nuno Mendes quase cavou um pênalti. Do outro lado, a Espanha cansou e só tentou algo com Yamal, que chutou fraco no meio do gol.

O segundo tempo da prorrogação foi mais espanhol, com posse de bola e controle territorial, mas pouca criatividade. Pedro Porro até tentou um chute do meio-campo que quase enganou Diogo Costa, mas ficou nisso.

A decisão foi para os pênaltis, e aí brilhou mais um nome: Diogo Costa. O goleiro defendeu a cobrança de Morata e deu vantagem para os portugueses. Rúben Neves, que havia entrado no intervalo, bateu o último e garantiu a festa.

Com isso, Portugal fecha um ciclo com três troféus na conta: a Euro de 2016 e agora duas Nations, em 2019 e 2025. Tudo isso depois da chegada de um tal de Cristiano Ronaldo à seleção. Coincidência? Nem ele acredita nisso.

Se algum português duvidava do legado de CR7, agora não tem mais desculpa. E que fique o registro: nesta final, ele não foi só o símbolo. Foi decisivo. Mas o verdadeiro herói da noite foi Nuno Mendes, o cara que correu, marcou, atacou, e ainda deu um toque de craque em tudo que fez. Portugal agradece.

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