Quem tem um cachorro em casa sabe que o tempo passa voando. Quando a gente percebe, aquele filhote cheio de energia já começa a andar mais devagar, dormir mais e ficar com os pelos branquinhos ao redor do focinho. Mas afinal, com quantos anos um cão é considerado velho?

Um estudo publicado pelo Centro Nacional de Informação Biotecnológica dos Estados Unidos aponta que, em média, a velhice nos cães começa por volta dos 12,5 anos de idade. No entanto, esse número muda bastante dependendo da raça. Por exemplo, um Cocker Spaniel tende a envelhecer um pouco antes, aos 11,7 anos, enquanto o Jack Russell Terrier chega nessa fase mais tarde, por volta dos 14,1 anos.

O tamanho também faz diferença. Cães de raças maiores costumam ter uma expectativa de vida mais curta que os pequenos. Isso significa que eles entram na velhice mais cedo. Por outro lado, os cães de porte pequeno costumam viver mais e demoram um pouco mais para apresentar sinais de envelhecimento.

Mas a idade, por si só, não é tudo. A qualidade de vida que o cão teve ao longo dos anos influencia muito em como ele envelhece. Uma alimentação equilibrada, atividade física, visitas regulares ao veterinário e muito carinho fazem toda a diferença para que ele chegue à terceira idade com saúde.

Alguns sinais ajudam a perceber quando o cão está ficando velho. A pelagem branca no focinho e ao redor dos olhos é um dos primeiros indícios. Também é comum notar menos disposição para brincar ou passear, e certa dificuldade para subir escadas ou se levantar após dormir. Alterações no apetite, no sono ou até no comportamento, como ansiedade, irritabilidade ou confusão, também podem surgir nessa fase.

Cuidar de um cachorro idoso exige mais atenção, mas também pode ser uma das fases mais especiais da convivência. É importante ajustar a alimentação, escolhendo rações específicas para a idade ou necessidades do animal. Exercícios leves e regulares ajudam a manter o corpo ativo, sem sobrecarregar as articulações. E, se ele já apresenta dificuldade de locomoção, vale investir em rampas, caminhas ortopédicas e pisos antiderrapantes.

As idas ao veterinário também devem ser mais frequentes. Check-ups regulares permitem identificar precocemente qualquer problema de saúde e tratá-lo com mais eficácia. Além disso, essa é uma fase em que o cão precisa, mais do que nunca, de atenção, paciência e muito afeto. Manter uma rotina tranquila, com conforto e segurança, ajuda bastante no bem-estar emocional do animal.

Embora muita gente ainda use aquela conta de multiplicar a idade do cachorro por sete para saber o “equivalente humano”, esse cálculo é ultrapassado. A verdadeira idade canina varia de acordo com o porte, a raça e o estilo de vida. Ou seja, cada cachorro tem seu próprio ritmo, e o envelhecimento acontece de forma única.

No fim das contas, o mais importante é estar atento às mudanças e oferecer o suporte necessário. Com amor, cuidado e pequenos ajustes no dia a dia, os anos dourados dos cães podem ser vividos com alegria e dignidade. E para quem os ama, essa fase é só mais uma oportunidade de retribuir toda a lealdade e carinho que eles nos deram desde o primeiro dia.

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